domingo, 27 de abril de 2008

A CARTA QUE MANDAMOS

Exma. Sra.
Ana Julia Carepa
D.D. Governadora do Estado do Pará

Exmo. Sr.
Dulciomar Costa
D.D. Prefeito de Belém

Exmo. Dr.
Geraldo de Mendonça Rocha
D.D. Procurador Geral do
Ministério Publico do Estado do Pará

Exmo. Sr.
Luis carlos Ruffeil
M.D. Com.te geral da Policia Militar do Estado

Exma. Sra.
Ângela Sales
M.D. Presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil
Seção Pará

Exma. Sra,
Ellen Margareth da Rocha
M.D. Com.te da Guarda Municipal de Belém

Prezados/as Senhores/as

Com a presente, moradores, comerciantes, estudantes, religiosos e demais usuários do bairro da Cidade Velha, vem muito gentilmente solicitar a. atenção de Vs. Sas, relativamente ao aumento da violência no bairro mais antigo da cidade de Belém.

Devemos dizer, inicialmente, que após a criação das duas policias especiais - Rotam e Rocam - com a finalidade de reforçar o combate ao crime organizado, aumentou o patrulhamento motorizado diurno, do bairro. De fato, cada duas três horas, automóveis com policiais passam por algumas ruas da Cidade Velha.

Isso, infelizmente, porém, não levou a redução da delinqüência (entendendo por “delinqüir” toda infração às leis, falta, crime ou delito, com ou sem arma) o que se está verificando na verdade é uma redução das denuncias. Desiludidos, depois de vários assaltos sem ver solução, a maior parte dos cidadãos de bem, não procura mais as delegacias para “dar parte”, o que leva a falsear as estatísticas.

Além do mais, temos a impressão que o crescimento populacional nos últimos anos não teve adequada correspondência no aumento do numero de policiais e guardas destinados à nossa segurança. Neste caso pensamos que não somente os cidadãos, mas os policiais também devem ter seus direitos garantidos, tais como salários compatíveis com o perigo no enfrentamento dos delinqüentes, compreensão por parte das autoridades ou Comissões ligadas aos Direitos Humanos, no que tange a real situação de vida destes policias, a lhes garantir, dentro da legalidade, respeito e autoridade de agentes protetores da sociedade.

Assim sendo, preocupados por tanta insegurança, anexo a esta, enviamos cerca de 3.000 (três mil) assinaturas recolhidas de casa em casa, de loja em loja, nos colégios e bares da parte histórica da Cidade Velha. Todos, sem exceção, tinham um ou mais casos para contar; todos pedem ajuda; todos querem segurança; todos gostariam que, o bairro que deu origem a nossa cidade, tivesse a atenção que merece.

Das 18 horas até as 7,30 da manhã é impossível, não somente aguardar a chegada dos ônibus nas paradas, mas também andar por qualquer rua do bairro. Nesse horário se multiplicam os assaltos. A partir do meio dia de sábado, com o fechamento das lojas comerciais e a diminuição do trafego de ônibus, caminhões, etc., as ruas ficam a mercê de quem entende delinqüir. O medo de sair de casa, para os outros, é um fato concreto. O aparente sossego presente nas ruas vem a demonstrar o receio do morador de sair de sua residência por pavor do que possa acontecer. É justo viver nessas condições?

Somos conscientes que a violência não acontece somente na Cidade Velha. Aqui, como em outros bairros, as necessidades são iguais. Em vez de diminuir, alias, aumenta o clamor por uma maior atenção no campo da segurança pública, em toda a cidade.

Gostaríamos que as Vossas atenções se dirigissem, portanto, para o que os cidadãos pedem. No nosso caso, durante a coleta de assinaturas, duas sugestões foram dadas: a volta do PM Box para a Praça do Carmo e guardas ou policiais pelas ruas, 24 horas por dia. Somos três mil cidadãos a pedir isso, e pensamos ter todo direito.

Certos de podermos contar com a compreensão e providência de V.Excia., agradecemos,

Cordialmente.

Assinado por:
Pe. José Gonçalo Vieira (Cura da Sé)
Pe. Genaro Tesauro (Diretor Colégio do Carmo)
Dulce Rosa Rocque (Pres. CiVViva)
Flavio Nassar (Fórum Landi)

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