segunda-feira, 30 de novembro de 2020

RAPIDAMENTE...

 

JA SABEMOS QUEM SERÁ O NOVO PREFEITO DE BELÉM, AGORA:

 GOSTARIAMOS DE SABER, CASO SEJA VERDADE,  A QUANTO AMONTA O EMPRÉSTIMO FEITO PARA A "REQUALIFICAÇÃO" DAS QUATROS PRAÇAS QUE ESTAVAM NO PAC DAS CIDADES HISTÓRICAS  QUE, DIZEM,  FORAM RETIRADAS PELO PREFEITO EM 2018 DE TAL PROJETO.

SÃO ELAS:

- PRAÇA DO CARMO;

- PRAÇA DO RELOGIO;

- PRAÇA D. PEDRO II

- PRAÇA DAS MERCÊS

...E SERÁ O NOVO PREFEITO A TER QUE PAGAR ESSE DÉBITO.

Aqui para nós: assim é comodo.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

CANDIDATOS: A VOCAÇÃO DA CIDADE VELHA

 ... E DA ÁREA TOMBADA.


É hora de escolher o novo Prefeito de Belém e uma pergunta nos fazemos: qual deles sabe  qual é a VOCAÇÃO DA CIDADE VELHA?

Em julho de 2012 enfrentamos esse argumento pois se tentava mudar uma nossa realidade histórica. De fato, notava-se  uma particular atenção dos festeiros pelo uso indiscriminado de áreas tombadas como sede de locais ligados  ao setor do “divertimentificio”... sem ter nem estacionamento para os veiculos dos clientes.

Esta opção pelo Centro Histórico como base de ação, ignorava, já,  todas as intenções de defesa do nosso patrimônio histórico-cultural previstas nas leis em vigor, sejam elas produzidas pela União, Estado ou Município.

A causa do pouco interesse pela defesa do nosso patrimônio por parte dos nossos governantes, vimos que nada de substancial a respeito, aconteceu.  A falta de politicas públicas para esse setor, ao menos nos ultimos quinze anos, é a evidente e   clara consequência disso.

A quantidade de leis em vigor que são ignoradas pelos administradores da cidade deixa claro a superficialidade com a qual é tratado o argumento. Basta olhar a “orla” da Cidade Velha para descobrir a quantidade de locais voltados ao ‘divertimentifício’ , autorizados, muitos deles, ignorando as normas em vigor. De fato, vimos crescer o uso de calçadas e praças como estacionamentos  dessa clientela, por falta de interesse em resolver esse problema... sem falar do abuso relativamente a poluição sonora.

Quem insiste em transformar a área tombada da Cidade Velha em tal sentido ignora a sua verdadeira vocação. Tais pessoas, pensando talvez em ganhar dinheiro facilmente ou, pensando mais naqueles que precisam de locais para passar seu tempo livre, esquecem de olhar o entorno, não vendo assim o serviço que esse bairro presta aos ribeirinhos. Pretender o fechamento das lojas e sua substituição por locais de divertimento, é um verdadeiro absurdo na nossa área tombada pelo IPHAN.

Será que ninguem notou que o comércio da área tombada se desenvolveu levando em consideração as necessidades do ribeirinho? Não falo de sapatarias ou lojas de tecido,  me refiro a peças para barcos; remos, lemes, motores, rede de pesca;  maquinas de açaí;  roçadeiras, compressores, pulverizadores, motosserras,  material elétrico,  de construção e afins, além de  consertos de motores de vários tipos.  

Os clientes desse tipo de comércio da Cidade Velha, não são só os belemenses, mas são, principalmente, os ribeirinhos os quais, muitos deles, votam em Belém.

A história é, por si só, a ciência da memória. Quem quer acabar com ela o faz por ignorancia ou com outras  intenções? É o caso de lembrar que, os moradores da Cidade Velha são, a maior parte deles, oriundos das ilhas/cidades maiores ao nosso redor. Familias de  Ponta de Pedras, Igarapé Miri, Abaetetuba, constituem a maior parte da população desta área tombada. As ilhas menores, porém, ao menos cerca de quarenta delas, fazem parte do Municipio de Belém... e seus moradores, votam aqui. Como ignorar essa realidade, que nem é de pouco conto?

Quem conhece o desespero das Prefeituras de ilhas situadas no entorno de Belém para conseguir um lugar para estacionar suas barcas-transporte? Tem aqueles que tiveram que recorrer aos donos dos bares e locais noturnos situados na beira-rio. Será que, agora, esses “empreendedores” viraram “donos dos portos”. (Será que tem autorização para isso, também?) 

A precáriedade  ainda maior de quem mora nessas ilhas é  relativa a: escola para seus filhos; hospital, pronto socorro e, mais do que tudo, porém, para os que vem para Belém a procura do que lá não tem, é a falta de trapiches para “estacionar” seu pôpôpô. Quem se lembrou disso durante a campanha eleitoral?

A Cidade Velha,  por falta de atenção a essas ilhas, se transformou, por força, na principal fornecedora de bens e serviços aos ribeirinhos, que são cidadãos como nós, com deveres e direitos. Achamos portanto um absurdo que a atenção seja dada somente, ou principalmente ao “divertimentificio”, como se nossos concidadãos ribeirinhos fossem inexistentes e, pior, não tivessem necessidades mais urgentes que a de se divertir... até mesmo em tempo de eleições.

As lojas  da Castilhos França, assim como os laboratórios, faculdades, os dentistas, os hoteis e outros pequenos serviços ali situados devem agora dar lugar a bares e restaurantes esquecendo  que são, como os da Cidade Velha, um serviço aos ribeirinhos? (Até "prostibulos" diurnos, tem por la e até na Manuel Bsrata.)

Que turismo tem Belém para justificar tal absurdo? Os clientes vão chegar a pé ou de onibus nesse  Boulevard  de comilões? Vão estacionar aonde, se vierem de carro? Outras calçadas, além  daquelas da Cidade Velha, vão virar estacionamento? A experiência dos bares no Mercado Bolonha deu tão certo assim a ponto de servir de exemplo para destruir nossa memória histórica?

São as ilhas a possivel fonte de renda. O turista que vem para cá, quer ver a Amazonia e não ficar socado na calçada de um bar vendo os onibus poluiram o ar...

Depois, uma pergunta que não quer calar: mas toda essa mão de obra que seria criada,  teria suas carteiras de trabalho assinadas? Porque, segundo os trabalhadores da  Cidade Velha não é o que acontece nesse setor. 

Vocês sabiam disso?


   CANDIDATOS A PREFEITO: PENSEM NISSO... 


RIBEIRINHO TAMBÉM VOTA E... QUEM ESTUDOU GOSTARIA DE VER SALVAGUARDADA ESSA PARTE DA NOSSA HISTÓRIA.


sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A ORLA “LIVRE" DA CIDADE VELHA

 

Desde quando começaram a usar as áreas de portos situados na orla da Siqueira Mendes, como locais noturnos, que reclamamos do que isso causa para o bairro.

Por um lado, a falta de estacionamento e a poluição sonora deveriam ser motivo de maiores atenções na área tombada, mas, por ocasião da "requalificação" das quatro praças dessa área tombada isso não foi levado em consideração, como, por outro lado, ignoraram a comunidade, contrariamente ao que prevêem as leis em vigor.

Tres coisas são interessantes salientar:

- QUE PARTE DO BAIRRO FOI TOMBADO EM 2012 PELO IPHAN ;

- QUE BOA PARTE DE SUA ORLA ERA USADA COMO PORTO;

- QUE O COMERCIO DAS PRIMEIRAS RUAS DE BELÉM FORNECEM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA  AS ATIVIDADES DOS RIBEIRINHOS.

De fato, andando pela Cidade Velha não vamos encontrar sapatarias, lojas de tecidos ou de óculos, mas quem vende: roçadeiras, maquinas de açaí, remos, motores de popa, material elétrico, de pesca, para construção (areia , tijolo, cimento e azulejos) e muito mais, além de oficinas para todo tipo de motores e instrumentos de trabalho elétricos.

Quando Belém foi fundada, não era de moda ir “para a praia”. Banho se tomava de cuia, dentro de uma tina ou na beira de um poço. Só os índios usavam os igarapés e os rios para se banharem . O pudor ainda estava de moda, lembrado e apoiado veementemente pelas igrejas, evitando assim que as praias fossem algo mais que portos de canoas, igarités e barcas a vela... Além do mais as casas da Cidade Velha eram construídas de costa para o rio, com seus trapiches.

Até o inicio de 1940 a orla de Belém ao longo do rio Guamá, partindo da praça do Arsenal era quase totalmente desabitada e ainda coberta por mata virgem.  A Tamandré era um lamaçal e a única rua que chegava até a beira do rio, era a atual Av. Alcindo Cacela, ainda feita de chão batido, onde se encontrava a companhia aérea alemã, Condor Lufthansa. Tem quem lembra que era costume as famílias levarem os filhos para assistirem, ao por do sol as aterrisagens dos hidroaviões.

Pouco a pouco, a partir da segunda Guerra mundial e dos acordos de Washington que estabeleceram o fornecimento de ipecacuanha, aniagem, babaçu, cera de carnaúba, cera de urucuri,  borracha manufaturada, café, cacau, castanha-do-pará, cristal de rocha, flores de piretro,  linters de algodão, timbó,  mamona mica, rutilo... para os Estados Unidos em troca, especialmente, do reequipamento das forças armadas com fornecimento de armas ao Brasil, aumentaram os portos em várias partes da orla.

Nessa época nasce o Canal da Estrada Nova, com uma área revestida de concreto, para as bandas do Guamá, que os americanos diziam ter feito para conter a malária que infestava Belém. A boca pequena em vez se falava que “aquela vala” era na verdade uma trincheira a ser usada pelos americanos, caso a guerra se prolongasse. Os americanos constroem a Rodovia Artur Bernardes unindo assim a recém construída Base de Val de Cães ao centro da cidade.

A CIDADE CRESCE. A área que vai da Praça da Sé até a atual sede da  UFPA  começou a ver aumentar o numero  de portos de todos os tipos e tamanhos, entremeados com alguma outra atividade mais antiga que podiam ser clubes de regata, fabrica de guaraná, serrarias, marcenarias, oficinas náuticas, e lojas de materiais que interessavam os ribeirinhos...além do bar da Condor.

Esse bar e os clubes nauticos eram os únicos pontos de recreação dos belemenses na orla de Belém, até que começaram a aterrar a área atrás do Palacete Pinho, do Porto do Sal até mais pra lá da Tamandaré e locais noturnos e motéis começaram a aparecer. Como muitos portos não trabalham a noite começaram a usar essas áreas como danceterias... e começou o cáos.

Esses locais noturnos sem estacionamento para seus clientes começaram a usar praças e calçadas de liós, como tal. Aparecem flanelinhas para endereçar os motoristas rumo a grama das praças, destruindo-as. A poluição sonora no entorno de igrejas tombadas, aumenta e  ninguém toma providências...também. O nível da educação desses clientes piorava...

Paralelamente é inaugurado o PORTAL DA AMAZONIA, fora da área tombada. Rápido o seu sucesso. A necessidade de áreas de lazer em Belém, ficou claro, mas, em vez de usar o resto da área em tal sentido, autorizaram um Atacadão na entrada do Portal. Foi embargado mas, próprio estes dias, foi suspenso pelo próprio Ministério Publico que tem como competência inclusive, defender  o meio ambiente...

Não satisfeitos com o cáos criado no bairro tombado, incluindo trios elétricos a torto e a  direito, um espirito de porco resolveu propor fazer um corredor de  bares que começava perto da Presidente Vargas, descia toda a Boulevard Castilho França, entrava pela Feira do Açaí, subia para a praça da Sé e acabava na praça do Carmo. Os clientes desses bares iam chegar a pé ou de carro? foi a primeira pergunta que fizemos. Iam continuar a infestar as calçadas de liós com seus veiculos? Iam usar skates ou patinete? E a poluição sonora ia ser permitida até nas 11 Janelas? Não tivemos resposta.

Sobrava ainda um bom pedaço de terra de marinha na área do Portal: quem sabe uma área de lazer com serviços para os ribeirinhos, incluindo uma marina para seus po-po-pós. Daí lemos no jornal que alugaram  a área da ex fábrica de aniagem CATA, na parte final do Portal da Amazonia para  construção de um...supermercado. 

Naquela área seria bem mais util algo mais para os moradores das ilhas do Municipio de Belém.   Médicos, dentistas, creches, documentos...esses serviços seriam bons também para os moradores da Cidade Velha, além de áreas de lazer, mas não pensaram nisso.



Continuam  de olho aberto na orla  "livre" de Belém... sem discutir com a comunidade.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

QUAL LEVEDO USARAM?

 

Vamos, de novo, examinar alguns dados da requalificação das quatro praças antigas que estavam no PAC das Cidades Históricas. Vamos voltar a uns anos atrás...  

Em agosto de 2013 tomamos conhecimento que o pedido apresentado pela Prefeitura de Belém para entrar no PAC era constituído de 19 itens por um total era 76.248.000 Reais. Estas porém foram as  propostas aprovados, por um total de pouco superior a metade do que foi pedido :

262 PA Belém Restauração do Palácio Antônio Lemos - Museu de Arte de Belém

263 PA Belém Revitalização da Feira Ver-o-Peso

264 PA Belém Restauração do Mercado de Peixe do Ver-o-Peso - Etapa final

265 PA Belém Requalificação da Praça Dom Pedro II

266 PA Belém Requalificação da Praça do Relógio

267 PA Belém Requalificação da Praça do Carmo

268 PA Belém Restauração do Casarão do Forum Landi

269 PA Belém Restauração do Palácio Velho - Teatro Municipal

270 PA Belém Requalificação da Praça Visconde do Rio Branco

271 PA Belém Requalificação do Cemitério da Soledad

272 PA Belém Restauração do Cinema Olímpia

273 PA Belém Restauração do Palacete Bolonha - Centro Cultural

274 PA Belém Restauração da Sede da Fundação Cultural do Município de Belém 

275 PA Belém Restauração Casarão do Arquivo Público do Pará

276 PA Belém Restauração da Capela Pombo

 Entre as propostas aprovadas pelo IPHAN estavam quatro praças da área tombada:

Requalificação da Praça Dom Pedro II ( R$ 1.600.000,00)

Requalificação da Praça do Relógio (R$ 350.000,00)

Requalificação da Praça do Carmo (R$ 585.000,00)

Requalificação da Praça Visconde do Rio Branco (R$ 980.000,00)

(https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2015/08/1-como-vai-o-pac-cidades-historicas.html)

Resulta porém que, em 2018, a Prefeitura renunciou a ajuda do PAC exatamente para as quatro praças acima citadas... sem nenhum encontro, debate ou informação a cidadania.

Em março de 2020 vimos  colocarem tapumes em tais praças para início dos trabalhos de “requalificação” das mesmas, sem nenhuma discussão/apresentação aos moradores do entorno. As placas colocadas nas praças indicavam apenas o novo preço/custo  de tal requalificação, e nada mais.

Qual levedo usaram nos projetos de requalificação das nossas praças para que o aumento desses projetos tivessem crescido tanto? Olhando as placas colocadas em cada praça, vemos o que custam hoje...  mas sobre o que seria feito, nelas, nada se soube.

Fazer as contas só do aumento do custo da Praça do Carmo foi um problema devido as várias discrepâncias entre os valores. De fato, o valor do projeto original da Praça do Carmo apresentado pela Prefeitura, resultava ser de  R$189.826,81  e o  valor da obra  R$  470.217,01.  Nos dados do IPHAN, em vez, víamos outro valor e decidimos usá-lo para o cálculo.

Resultado da Correção pelo IPCA (IBGE)

Dados básicos da correção pelo IPCA (IBGE)

Dados informados

Data inicial 01/2015  Data final 06/2020

Valor nominal R$ 585.000,00 ( REAL )

Dados calculados

Índice de correção no período 1,31173800

Valor percentual correspondente 31,173800 %

Valor corrigido na data final  R$ 767.366,73 ( REAL )

O último orçamento em mãos do IPHAN era em vez de R$ 818.894,64, mas em 

fevereiro de 2020 lemos  na placa o valor de R$1.364.588,43


A fermentação dos preços ao longo desses anos deu como resultado que: os bancos desapareceram em quase todas, mas em algumas, em vez, os postes decuplicaram... Uma guarita para quem as deveria “guardar”, ou WC para os necessitados, não vimos aparecer em nenhuma. O paisagismo, caso não tenha algum tipo de vigilância melhor do que as câmaras da CIOP,  não vai durar muito... Se o sol não matar antes, as plantinhas.

Não foi a colocação de balizadores que aumentou as despesas dessas requalificações, porque até poucos dias atrás ninguém dava certeza, nem verbalmente, nem por escrito, sobre a colocação desses objetos que impedirão mais uma demonstração de falta de educação do nosso povo endinheirado.

Perguntas que não querem calar são: o autor desses projetos vive em Belém?  Conhece o povo que mora aqui e que frequenta essas praças? Decidiu que ninguém deverá mais passear com os filhos ou namorados nas praças? Aqueles que ficam esperando os “aviõezinhos” trazerem o fumo, onde se sentarão? A "priori", decidiu que iriam roubar os bancos? Não pensou que, com “guaritas” para quem deveria vigiar as praças, alguém iria poder dormir ou roubar os bancos? Na nossa opinião, será mais fácil roubarem as lampadas "led" ou as plantinhas... De fato ja tem uma 'molecada" provando ha uma semana, subir no poste onde está o nome da Praça e que é da mesmo grossura dos que sustentam essas lampadas carissimas.

Devemos reconhecer que, limpas e bem tratadas, todas ficarão bonitas...para serem olhadas, mas não usufruídas. Aliás, usufruídas sim, pelos delinquentes, por conta da falta de vigilância, concretamente.

Não vamos falar de “defesa da nossa memória histórica”, por que isso virou um “opcional” não somente relativamente as praças, mas quanto às cores dos prédios do entorno, também.

PERGUNTAMOS, então: por que o valor nominal quase dobrou na placa exposta na Praça do Carmo??? Será por causa da poluição  visual causada por tantos postes ?



sábado, 31 de outubro de 2020

TREPIDAÇÕES... E RUMORES.

 

Em pouco mais de um ano, esta Associação  examinou, reclamou, denunciou mais de quinze vezes, problemas de vários tipos relativos a poluição sonora E AS CONSEQUENTES TREPIDAÇÕES QUE CAUSA em prédios públicos e privados e demais resultados com pessoas e animais.

Carnaval e Cirio são os periodos em que se concentram os problemas, mas durante o resto do ano, diariamente temos uma sequencia de outras manifestações danosas seja as pessoas que a animais e coisas.

Pouco a pouco cresceram as manifestações reivindicatorias em frente a Assembleia Legislativa do Pará que usam trios elétrico superando cem decibeis. Isso em frente ao antigo Palacio do Governo, hoje Museu do Estado e proximo seja do prédio da Prefeitura de Belém que  do Solar do Barão de Guajará, sede social do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Durante tais atos aconteceu várias vezes, e o ex diretor lamentava, a queda de quadros ou estucos das paredes do MEP.

Ultimamente, aumentou o número  de homenagens a noivos ao sairem das igrejas tombadas da Cidade Velha. Os fogos duram vários minutos e podem acontecer, praticamente, todos os fins de semana do ano. No largo da Sé pode acontecer seja sexta feira que no sábado em ambas igrejas ali situadas. 

Quando chega o Cirio, além das visitas da Nossa Senhora de Nazaré aos vários orgãos públicos situados na entrada da Cidade Velha (Tribunal, Ministério Público, Alepa, Prefeitura, etc.), do  Cirio e da Transladação, temos o Auto do Cirio. Todos plenos de manifestações pirotécnicas rumorosas.

Além dos ensaios que podem durar um mes, o desfile do Auto do Cirio, superando os cem decibeis, faz paradas em frente a todos os edificios tombados  por onde passa. Inicia as 18 horas a concentração em frente da igreja do Carmo, depois pára seja em frente da igreja da Sé que na de Santo Alexandre e depois  tambem em frente ao IHGP, MEP e Prefeitura.

De noite, nos outros fins de semana a musica dos vários locais  da Siqueira Mendes se junta aquela dos taxistas estacionados na praça da Sé e de algum evento organizado pelos orgãos  públicos nas calçadas da praça. Pode acontecer de fazerem "pega" de madrugada na Dr. Assis, ao sairem dos locais.   Guarda Municipal ou Policia Militar não se vê tomarem providências. Até podem passar, mas nem param para resolver os abusos.

Buzinas,  tambores, fogos, trios elétricos, aparelhagens, contribuem a criar problemas também aqueles que moram no entorno de onde acontecem essas manifestações. A maior parte dos moradores da área tombada, superam os sessenta anos de idade... e tem animais.

FORA DA ÁREA TOMBADA  NÃO É QUE MELHORE A SITUAÇÃO. Não somente de bares sai o barulho que avança pela noite afora, apesar das chamadas ao 190. Nas casas, "O som é dessas empresas especializadas em ensurdecer pessoas com o que há de pior na sub-música, nos mais altos níveis de sonoridade. E incomodam toda a vizinhança num raio de 500 metros."  ... "Eles deturpam as músicas da tal aparelhagem modificando a voz dos cantores. Parecem patos roucos cantando com a rotação acelerada. Assim foi no sábado e assim costuma ser em feriados, aniversários, etc. Enquanto dançam e bebem, soltam suas crias para infernizar a vizinhança destruindo jardins e gritando feito condenados presos nas galés, em um naufrágio."

Nesse inferno, seja na área tombada que fora dela, as crianças ficam ao leo durante a  noite correndo, gritando, sem que ninguem, do orgão de proteção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes, apareça.

Como a Pandemia não dá  sinal de querer chegar ao fim da linha,  estamos preocupados com o que pode acontecer depois da entrega dessas praças requalificadas  á cidadania. Nada sabemos a respeito de como será cuidado esse patrimônio pois não vemos  ninguem se preocupar em falar com os cidadãos a respeito... apesar do que dizem as leis.

Será que o novo Prefeito será diferente??? 

Aplicará as leis? 

Ouvirá as "associações  representativas dos 

vários segmentos da comunidade..." como  

estabelece o Estatuto da Cidade???


AQUI ALGUNS ARTIGOS DOS BLOGS DA CIVVIVA, SOBRE POLUIÇÃO SONORA, RUMORES E AFINS.

( 2017-2018-2019)

1-  https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/12/os-sons-em-belem.html

2 - https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/12/poluicao-e-seu-entorno.html

3 - https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2019/11/o-conama-para-que-serve-mesmo.html

4- https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2019/10/como-vai-poluicao.html

5 - https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2019/05/destruicao-silenciosa.html

6 - https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/10/a-gentee-poluicao.html

7- https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/09/um-ano-atras.html

8 -https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/08/a-trepidacao.html

9- https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/04/dia-internacional-de-conscientizacao-do.html

10 - https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/03/a-poluicao-sonora-e-o-tombamento-da.html

11-  https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/02/mas-sera-desobediencia-civil-ou-que.html

12 - https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2019/02/o-vai-e-vem-dos-trios-eletricos-ou.html

13- https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/01/a-igreja-catolica-e-defesa-de-seu.html

14- https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2018/11/2012-e-o-carnaval-na-pca-do-carmo.html

15- https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2017/12/proposta-ousada.html

16-  https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2017/10/um-ato-justo-e-necessario.html

 O QUE ACONTECERÁ QUANDO REABRIREM AS TRES 

PRAÇAS  REQUALIFICADAS DA CIDADE VELHA?

QUE TIPO DE VIGILÂNCIA FOI ORGANIZADA PARA 

DEFENDÊ-LAS DE DEPREDAÇÕES?

A POLUIÇÃO COMO SERÁ TRATADA EM TODO O BAIRRO???

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

PALACETE FACIOLA...NOVAMENTE

 

Novamente ouvimos falar do Palacete Faciola e, de novo falam de " restauro, revitalizaçãorequalificação", usando palavras que antes não eram usadas.

Em 2008 participei da "inauguração dos trabalhos" de restauro convidada pela Governadora Ana Julia Carepa. Numa sala cheia de autoridades, construtores, arquitetos, funcionários públicos, para minha surpresa, me deram a palavra e eu os levei para dar um passeio na Cidade Velha.

segunda-feira, 4 de março de 2013

RELEMBRANDO E...COBRANDO.

RECORDANDO...
(https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2013/03/relembrando-ecobrando.html)

Sobre as duas casas ao lado do Palacete pouco ou nada se falou, mas entre os comentários que recebemos na nota acima, o Sr Alexandre Amorim escreveu:

Além do Palacete Faciola, há mais duas casas ao lado, a junto ao palacete foi uma casa muito bonita, porem só com a fachada em pé, foi derrubado tudo dentro.

A outra casa era da minha família, meu avô montou, as lajotas da frente são portuguesas feita a mão e foram roubadas. 
https://twitter.com/CalexAmorim/status/306766815130947585/photo/1

A casa tinha um estrutura gigantesca, sendo 13 de frente por 30 de fundo. A casa tinha lustres de cristal até a década de 70 quando foram roubados. 

No twitter  lemos:

@CalexAmorim
Denuncia: roubo de lajotas portuguesas feita a mão. Casa foi pra mão do governo para ser depredada.
Nesta casa funcionou a Faculdade de Economia nos anos 60.

Outro comentário foi de Haroldo Baleixe que parcialmente publicamos:

SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2008

O PT e os Facióla.

No último dia 17 a Governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa do PT — Partido dos Trabalhadores —, lançou “a política estadual de valorização do patrimônio cultural e as ações voltadas às edificações históricas” no (complexo) Palacete Faciola — local da futura sede do ressurgente IDESP — Instituto de Desenvolvimento Econônico, Social e Ambiental do Pará.

O Palacete 
Facióla¹ tornou-se ícone, na capital, da política petista voltada ao patrimônio histórico paraense edificado.
Na realidade esse palacete não está isolado, sua área soma-se às duas vizinhas pela avenida Nazaré, formando um complexo com três edificações de uma mesma época.
A fachada numerada — 166 — do prédio de esquina, mesmo com dois pavimentos, harmoniza-se a do conjugado, que tem os mesmos azulejos e elementos semelhantes nos vãos: arcos e bandeiras.
Esse prédio também pertencera ao senador do Estado e intendente municipal Antonio Faciola que o deixou de herança à sua filha Inah. Foi vendido na década de 1990 com uma significativa quantidade de mármore de Carrara esquecida no porão. 

Detalhe: fronteira tênue entre as fachadas de mesmo azulejo.

A unidade Palacete Faciola foi desapropriada pelo Estado por R$870.000,00 (oitocentos e setenta mil Reais) — valor imputado pelo próprio governo. 
Essa construção, datada de 1901, não era tombada, portanto, não se beneficiava da isenção do IPTU — Imposto Predial Territorial Urbano. Contudo, "O Município de Belém, através do Ofício Circular número 86/94-DEPH/FUMBELestabeleceu que tal bem faz parte do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Área de Entorno do Centro Histórico de Belém, e, portanto, SUJEITO ao processo de tombamento disciplinado pela Lei Municipal 7709 de 18 de maio de 1994", ou seja: um artifício legal que obriga o pagamento do tributo municipal engessando a liberdade de uso do imóvel — institucionalização do popular "não fode, nem sai de cima". O Palacete Faciola tem dívidas de IPTU(aproximadamente 200 mil Reais) e o governo estadual se mobiliza para que essa obrigação seja descontada do valor da indenização depositada em juízo. Caso o IPTU não seja pago, a obra continuará embargada pela PMB — Prefeitura Municipal de Belém.

Por vezes, no início da década de 1980, antes do falecimento de Inah (1982), o Palacete fora oferecido ao Governo do Estado com todo o movelário de época e a diversificada coleção de obras de arte — o Estado teve a oportunidade de comprá-lo de "poteira fechada" e transformá-lo no museu da belle époque no Pará (sonho de sua guardiã).
A morte de Inah Facióla, última centralizadora do poder de decisão dessa linhagem, além de dividir o acervo entre sucessores, fracionou opiniões sobre negociações com os setores público e privado — um dano presumido aos que possuem propriedades em comum por mais de uma geração.

...

http://haroldobaleixe.blogspot.com.br/2008/09/httpwww.html

Enquanto eu falava, Celso Abreu, amigo fotografo conseguiu entrar no Palcete e fotografou o que achou oportuno. Esta era a situação ...

http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416944522/in/set-72157630229031690/
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416951954/in/set-72157630229031690
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416939672/in/set-72157630229031690/
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416937190/in/set-72157630229031690
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416987306/in/set-72157630229031690
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A distancia de doze anos, como estará agora o Palacete Faciola??? Em 2008 estava assim:
 https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2013/03/palacete-faciola.html

sábado, 17 de outubro de 2020

SONHE CONOSCO

 

Seja em Moscow que na Italia, ha anos não existem mais  catracas nem cobrador nos onibus. Quando cheguei em Moscow em 1969 me admirei de não ter cobrador, mas uma maquina onde colocavas o dinheiro  e ela te dava um "recibo" marcando a hora e o numero do onibus... 

O mesmo ja acontecia na Italia, em 1971. Compravas o bihete antes de entrar, porém, se chegava o "controllore" e não tinhas  a tua passagem marcando a hora da tua entrada no onibus, pegavas uma multa e tinhas que descer. Isso, em ambos os países.

Na Itália, o teu endereço e o teu CPF aparecem na carteira de identidade, portanto te encontrariam, caso não a pagasses dentro de um mes... Assim funciona lá:

- voce compra seu bihete para uma ou dez viagens, em bares ou nas vendas de jornais e revistas; 

- se voce trabalha ou é estudante pode comprar aquele que dura um mes;

- marca-o na hora da entrada no onibus e dura 90 minutos, assim podes passar de uma linha para outra, dentro daquele horário.

- Nas paradas tem a indicação, eletronica da hora/minutos que o onibus vai chegar.

-  Os veículos possuem elevadores para cadeirantes e os assentos são confortáveis e alguns bem largos para os mais gordinhos;

 - tem uma área reservada para as carrocinhas de bebês, ou cadeiras de rodas. 

- O terminal de ônibus intermunicipais e interestaduais ficam sempre na proximidade das estações de trem, assim como muitas linhas internas tem seu fim de linha naquele entorno.

Existe uma via de acesso as cidades, chamada "circunvalação" que evita o atravessamento de carros pelo centro. Ela contorna a cidade e tem vários acessos em determinados bairros, que te permitem evitar a área central, principalmente quando deves ir de um bairro para outro do lado oposto. 

Ah! no Centro Historico de Bolonha so entra de carro o morador, que é regularmente cadastrado e tem uma sinalização no proprio carro confirmando que mora ali. Nos fins de semana o transito de onibus é proibido nas principais do centro histórico.

Uma diferença fundamental notei, porém: ninguem da "bom dia" para o motorista, como aqui... e quando eu dei, ele pensou que eu era doida.  Esbugalhou os olhos me deixando sem jeito..

Utopias para o transporte público em Belém 

Antonio Carlos Lobo Soares*

Vivo numa Belém que possui um sistema de transporte público racional, seguro e silencioso. Nele há linhas tronco que atendem a região metropolitana (Ananindeua, Marituba e Benevides) e se conectam ao terminal de ônibus intermunicipais e interestaduais. Estas linhas são alimentadas por outras vindas dos bairros que, por sua vez, são servidos por transporte circular de qualidade e veículos menores.

Com o novo sistema de transporte, os ônibus ruidosos foram substituídos por modelos modernos e veículos leves sobre trilhos, que emitem menos poluentes no ambiente e, por isso, são mais silenciosos, confortáveis, refrigerados e seguros. No centro histórico e comercial há ruas pedonais, trens de superfície, bondes, "jardineiras", bicicletas, patinetes elétricas e veículos dos moradores. Os comerciantes e prestadores de serviço os acessam em veículos, e horários pré-determinados. 

Nos transportes públicos a emissão sonora é proibida, uma vez que já são tocados os clássicos universais e de autores paraenses em forma instrumental. Os veículos possuem elevadores para cadeirantes e acentos confortáveis e resistentes. O pagamento é todo automatizado por sistema de cartão e biometria, supervisionado por câmeras de segurança. As catracas e os cobradores foram extintos anos atrás!

Os terminais e paradas são cobertos por material resistente termo/acústico e possuem beirais avantajados para proteção da chuva e do sol tropicais intensos. A acessibilidade é total. Há painéis digitais interativos que permitem ao cidadão conhecer os circuitos, tempos de viagem, conexões, a aproximação dos veículos etc..

O credenciamento dos passageiros tem validade mensal, sem limite de viagens, permitindo o seu uso em trabalho e lazer, movimentando a economia da cidade durante os sete dias da semana. Com ar refrigerado os motoristas trabalham uniformizados e não limpam mais o volante e o suor com a mesma flanela, que hoje se encontra aposentada. As mercadorias dos passageiros, destinadas às feiras e mercados, são transportadas em compartimentos específicos embaixo dos veículos.

O que faz a Belém dos meus sonhos diferente de outras capitais é a integração entre os transportes terrestres e fluviais. Hoje a conexão da cidade continental com a insular é possível e muito agradável. Em cinco minutos saímos do ambiente urbano para o natural, em transportes de todos os gostos e bolsos, em portos limpos e com acessibilidade de primeiro mundo. As viagens aos furos do Combu e aos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro, então, são as mais procuradas e belas.  Sonhe comigo

* Arquiteto PhD, Museólogo e Artista Plástico,

EM ALGUNS LUGARES DO MUNDO, ISSO JA DEIXOU DE SER UMA UTOPIA .