domingo, 29 de janeiro de 2012

NOSSO PATRIMONIO: DESGRAÇA ANUNCIADA

ALGUNS MESES ATRAS tive a oportunidade de visitar o palacete Vitor Maria da Silva, na praça conhecida como Ferro de engomar. Ja tinha estado ali quando era criança e me lembrava dos azulejos com paisagens várias.

Os azulejos de Boulanger, em quase todas as salas estavam intactos. Somente em um quarto, alias, alguns estavam caidos no chão, mas inteiros. Embaixo do piano de cauda, suntuoso, camisinhas espalhadas, assim como garrafas estavam rolando em todas as salas e quartos. A porta principal tinha um buraco, mal tapado com papelão...

Cheguei em casa chocada e preparei uma denuncia ao Ministerio Publico: "Pedimos que seja exigido dos poderes públicos a salvaguarda desse imóvel, pois, se está em processo de tombamento, como dizem, o tratamento deveria ser idêntico a de um bem tombado, pelo menos no corpo da lei."
Pouco tempo depois recebi uma nota do MP pedindo o endereço exato da casa. Respondi e não tive mais noticias.

Esta noite tive a seguinte noticia, em vez:

Angela Serra Sales
compartilhou o status de Marcus Aquino.

"Por favor, amigos , quem puder ajudar para impedir mais um desastre contra nosso patrimônio arquitetônico e cultural, ajude, mobilize. Amigos arquitetos do Fórum Landi, amigos do Ministério Público, vejam isso!
Como todos já sabem, o patrimônio histórico de nossa cidade de Belém, já está bastante sacrificado pelas péssimas administrações que se passaram sem lhe dar o devido valor, juntamente com o restante do estado do Pará.
Estava passando pela Rua Presidente Pernambuco (Bairro de Batista Campos), mas precisamente na esquina da Rua Arcipreste Manoel Teodoro, onde se localiza um dos mais lindos palacetes de nossa capital, e de lá se ouvia em plena 20hs, batidos fortes de martelo que incomodaram a mim, como a outros vizinhos, que como eu fui ali para ver o que acontecia e me deparei com uma cena de uma senhora moradora vizinha colocando, sozinha, dois rapazes munidos, um com um martelo novo e outro com mochila, e como começou a reunir pessoas, os mesmos ficaram com medo e começaram a dizer que tinham autorização da empresa proprietária do imóvel e um deles se identificou como falcão e que ali estavam a mando da tal empresa, porém foram advertidos que não poderiam realizar qualquer obra ali sem autorização dos órgãos competentes, porém, o que deu para concluir era que não se tratava de reforma ou qualquer trabalho de manutenção mas sim de saque de peças com valor histórico que ainda restam naquele palacete para venda ou coleção. Fico com receio pois amo o patrimônio histórico de Belém e desde criança tento aprender um pouco sobre alguma coisa relacionada a questão. Por favor, podemos fazer algo por aquele pedaço dos áureos tempos, seu painéis, sua e nossa história. Belém, 28/01/2012 21hs. "

Vejam as fotos: https://twitter.com/#!/michelpinho/status/163455975905435649/photo/1

https://twitter.com/#!/michelpinho/status/163453703821606912/photo/1

Estou frustrada, indignada, porque de nada serviu meu pedido de socorro.

Dulce Rosa de Bacelar Rocque - Presidente CiVViva

sábado, 28 de janeiro de 2012

Memorial da Cabanagem: um registro

Glauce Monteiro
CLA Online
17/11/2005

Memorial da Cabanagem



Sete de janeiro de 1985. Praça Pedro Teixeira, cais do porto de Belém. Dez cabos da Polícia Militar (PM) descem do navio da Marinha de Guerra com duas urnas contendo os restos mortais do padre Batista Campos e de Eduardo Angelim. No porto, mais três líderes cabanos: Antônio Vinagre, Francisco Vinagre e Felix Clemente Malcher.

Juntos os cinco líderes receberam as homenagens aos 150 anos do movimento cabano. Todas as autoridades do Pará estavam presentes. A PM, em traje de gala, fez a salva de fuzis. Os estivadores organizaram o show pirotécnico.

As urnas foram levadas pelas ruas da cidade no carro dos bombeiros enquanto os cavalarianos da PM cercavam o veículo. Com as serenes ligadas, os batedores fardados da PM iam na frente do cortejo.

O jornalista Carlos Rocque anunciou: “150 anos depois, os cabanos voltaram a invadir a Belém. Todos eles, os milhares sem nome, representados pelos cinco maiores líderes que acabaram de ser inumados”.

Com a primeira conversa entre Carlos Rocque e o governador do Pará, Jader Barbalho, em 1983, os esforços para a construção de um memorial à Cabanagem começaram.

Através de Adalberto Neno, Rocque entrou em contato com Oscar Niemeyer. Em 30 de janeiro de 1984, aconteceu, em Brasília, a reunião entre Jader e Niemeyer. Jader agradeceu a participação do arquiteto no projeto e afirmou ser uma honra para o estado do Pará abrigar uma obra desse grande arquiteto. Por sua vez, Oscar Niemeyer, disse que a honra era toda sua em participar dos festejos em homenagem aos cabanos e que , por isso, nada cobraria pelo projeto. Era a sua doação ao povo paraense.

Mas alguns problemas ainda deveriam ser resolvidos. O terreno no entroncamento, onde se planejava construir o memorial, pertencia a DNER que desejava construir três viadutos no local. Após uma pacífica negociação, o prefeito, Almir Gabriel, assinou o contrato que passava a administração do terreno à prefeitura de Belém.

Niemeyer concordou em projetar o memorial, mas “não posso dar um prazo (para a entrega do projeto). Uma inspiração pode demorar cinco dias ou cinco meses. Vocês vão ter de ter paciência”. Alguns minutos depois da afirmação, o arquiteto ligou avisando: “pode vir amanhã ver os primeiros desenhos”. A inspiração demorou apenas cinco minutos.

Em 18 de maio de 1984, Niemeyer terminou o projeto. No dia 12 de junho, a maquete foi mostrada à imprensa. O memorial “será todo em concreto, com uma inclinação acentuada apontando para um ponto sem fim, representando a história. Terá, no meio, uma ‘fratura’. Um pedaço do monumento que jaz no chão, representando a ruptura do processo revolucionário da cabanagem, a sua derrocada. Mas como a cabanagem continua viva na memória do povo paraense, o bloco continuará subindo para o infinito. Terá 15 metros de altura e 20 de comprimento. O museu-cripta que abrigaria os restos mortais de Batista Campos, Eduardo Angelim, Francisco e Antônio Vinagre e de Clemente Malcher, conterá cinco criptas e um vitral da artista plástica italiana Marianne Perretti, a mesma autora dos vitrais do Memorial a JK, em Brasília”.

Restava, então, localizar os restos mortais dos líderes cabanos que deveriam ser transportados para a cripta. Carlos Rocque, o jornlista Orly Bezerra e o fotógrafo Dirceu Fornejo foram a Barcarena atrás dos corpos de Batista Campos e Eduardo Angelim.

O padre Batista Campos fora sepultado numa pequena urna de mármore no altar-mor da Igreja de São Francisco Xavier. Angelim, na capela do engenho de Madre de Deus na Ilha de Tramboica. Os restos mortais de Eduardo Angelim foram localizados apenas quatro dias antes da cerimônia de inauguração do memorial.

Antônio Vinagre havia sido enterrado na Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Campina; Francisco Vinagre, no Cemitério da Soledade e Clemente Malcher, no Convento do Carmo. Mas os restos desses três últimos não foram encontrados. Assim, em suas urnas estavam um pouco de terra dos lugares de sepultamento. Era “cinzas simbólicas”.

Naquele sete de janeiro, na data em que, 150 anos antes, os cabanos invadiram e tomaram Belém pela primeira vez, a história agora registra o reconhecimento da grandeza daquela revolução. Um ano depois, em 1986, foi inaugurado o museu-cripta, mas nos últimos anos ele está desativado.

Hoje, o Entroncamento está em reformas. A estrutura viária que deverá agilizar o trânsito de Belém conservará em seu centro a lembrança daqueles que fizeram história.

17/11/2005

Fonte: http://www.ilc.ufpa.br/jornal/lazerturismo/index.php?id=16

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Campanha contra "mijões"

O coro aumenta.

Campanha da TV Globo iniciada ontem contra quem urina na rua.
Tinhamos razão de pedir providências.

TA COM VONTADE DE FAZER XIXI?

NAO FAZ AQUI, NAO FAZ AQUI,

O NOSSO BLOCO E MANEIRO,

LUGAR DE MIJÃO E NO BANHEIRO


Agora, precisa lembrar de por os banheiros quimicos na Dr. Assis, Dr. Malcher e outras ruas por onde passm os "mijões". Ta escrito no TAC assinado na Secretaria de Segurança.

Esperamos que até os Deputados (politicos) sigam a sugestão.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cariocas Protestaram Contra IPTU... e nós?

Cariocas Fazem Protesto Contra IPTU no Leblon

(22/1/2008)


Cerca de 30 associações de moradores do Rio se reuniram neste domingo (20) em um dos endereços mais caros da cidade: a praia do Leblon, na Zona Sul. Lá, foi montada uma tenda para recolher assinaturas para aderir ao manifesto que pede que os impostos pagos sejam revertidos, de fato, em benefícios para o cidadão.

"É um movimento de pura cidadania. Não somos candidatos a nada e não tem dinheiro em jogo. Nossa cidade está depredada. O Rio de Janeiro está em decomposição", reclamou Augusto Boisson, um dos coordenadores do movimento Rio Cidade Legal e presidente da Associação de Proprietários de Prédios do Leblon.

Para pressionar a prefeitura, eles sugerem o boicote ao IPTU, que já começou a ser cobrado a quem vive no Rio.

"O movimento começou com moradores da Fonte da Saudade, que resolveram pedir o depósito do valor do IPTU em juízo, exigindo a contenção da favelização no bairro. Mas transformamos isso numa manifestação maior, porque o problema é em toda a cidade", explica Boisson.

Cerca de 900 moradores participaram da manifestação contra o aumento do IPTU e a desordem urbana no município. Enquanto a maior parte do grupo fez uma passeata pela orla, alguns manifestantes recolhem assinaturas para um abaixo-assinado que será enviado ao Ministério Público. Os moradores pedem que seja apurado o destino dos recursos do IPTU dado pela Prefeitura, uma vez que, segundo eles, a cidade vive um quadro de abandono.

Os manifestantes deixaram o ponto de concentração, na esquinas das avenidas Bartolomeu Mitre e Delfim Moreira, por volta das 11h, e seguiram em passeata até Ipanema. Pelo caminho, o grupo recebeu o apoio de banhistas, que aplaudiam o movimento e protestavam contra o prefeito Cesar Maia. Desde que 14 associações de moradores de 11 bairros do Rio iniciaram uma campanha para só pagar o IPTU depois das eleições, o aumento do tributo tem sido criticado pelos cariocas.

No sábado, após pouco mais de um mês do início da queda-de-braço entre cariocas e autoridades municipais com relação ao pagamento do IPTU, Cesar Maia anunciou que vai voltar atrás na decisão de aumentar o valor do imposto de imóveis anteriormente cadastrados como Unidades Autônomas Populares (UAPs), que em alguns casos provocou reajuste de mais de 300% . Mesmo assim os moradores do Rio resolveram manter a manifestação deste domingo.

Perguntado sobre a razão da mudança e se ela não acarretará uma perda de receita (a previsão era de que o município tivesse um acréscimo de R$ 20 milhões na arrecadação), Cesar respondeu:
- Nunca visamos receita, mas apenas corrigir uma distorção. No entanto, simultaneamente ao decreto (de reclassificação das UAPs), os contribuintes deveriam ter recebido uma notificação da prefeitura informando e esclarecendo a questão, o que não foi feito. Lembro que nem todos os que tiveram seu IPTU alterado pela correção dos critérios tiveram o imposto aumentado. Erros se corrigem. Foi o que ocorreu.

A manifestação terminou por volta das 12h30, na orla do Leblon, e contou com a presença de parlamentares, artistas, e 30 representantes de associações de moradores, com faixas e cartazes, aderiram ao protesto contra o abandono da cidade e a favelização.

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O que dizer da Cidade Velha, que é até tombada???? Será que todos aqui estão de acordo com o aumento do IPTU e do ordenado do Prefeito?

OPINIÕES SOBRE A NOSSA MULTA MORAL

Algumas opiniões a respeito da idéia que tivemos de fazer uma ação civil sobre determinados comportamentos ...pouco civis de nossos vizinhos.

Lafayette Nunes disse...
É uma iniciativa cidadã das mais interessantes dos últimos tempos!

Ramiro Quaresma disse...
A iniciativa mais simples e criativa em defesa da cidadania em Belém. Parabéns aos criadores.

Analucia disse...
Parabéns pela grandeza da iniciativa. Belém precisa de muitas CIVVIVAS...
Ainda estamos no outro lado do mundo , Austrália, onde se observa que existe O CIDADÂO, respeitando a tudo e a todos, com disciplina e respeito as coisas públicas e bem estar do povo. Praças e parques limpos e maravilhosos, ruas e calçadas sem lixo e/ou detritos, serviços públicos perfeitos e tudo o que se pode imaginar ..........

Hilma Lima disse...

A multa moral é uma autêntica atitude de responsabilidade social, é um começo que precisa ter continuidade até que este povo se manque, principalmente as autoridades, que deveriam dar o bom exemplo e a CTBEL que deveria sair da sua inércia e “fazer dinheiro” a custa dos infratores no caso dos carros, quando doer nos bolsos deles as coisas se resolverão.

Parabéns Dulce, que Deus te dê muita saúde , energia e disposição para não desistir nunca.....



Porém, apesar do sucesso da iniciativa (fora do bairro), aqui as coisas continuam iguais.
Que tristeza!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

TURISMO NA PRAÇA DO CARMO



OS TURISTAS CHEGARAM, ENQUANTO ARRUMAVAM A PRAÇA DO CARMO PARA O CARNAVAL.
PARARAM NA FRENTE DO FORUM LANDI E OLHARAM AO REDOR: GRAMA??? LIXEIRAS??? CADÊ?

DECIDIRAM VISITAR A IGREJA, MAS ESTE MONUMENTO TOMBADO, ESTAVA FECHADO.

E LA SE FORAM ELES, DESILUDIDOS , COM SUAS SOMBRINHAS AMARELAS...

ERAM 10 HORAS DA MANHÃ DE UM DOMINGO ENSOLARADO.